Mesmo sem, talvez, nunca terem se conhecido pessoalmente, ambos alinham ao nosso cotidiano uma questão que tem cada vez mais importancia, especialmente no mundo corporativo: o auto-conhecimento.
O auto-conhecimento não é uma palavra que tem um fim nela mesma, ela poderia ter como sinônimo "auto-evolução". Pois, não é necessário apenas conhecer-se -- reconhecendo, tão somente, nossa ignorância -- os autores falam sobre um tipo de "auto-conhecimento proativo"; conhecimento este que é o início da evolução do eu. Precisamos conhecer a nós próprios (Domínio Pessoal) para podermos fazer todo o resto: fazer parte de uma visão compartilhada, trabalhar em equipe, alterar - afim de otimizar - nosso modo de ver o mundo e pensar - e agir - sistemicamente.
Entretanto, é certo que devemos ter em mente que mesmo tais conceitos (As 5 disciplinas de Senge) sendo uma grande parte, o conhecimento é algo infinito, revolucionário e inovador. Mário Sérgio Cortella dedica um capítulo de seu livro ao tema "O lado bom de Não saber", que podemos tentar sintetizar pelo seu subtítulo "Reconhecer o desconhecimento sobre certas coisas é sinal de inteligência e um passo decisivo para a mudança". ("Qual é a tua obra", pág. 28). O que também lembra uma das frases "socráticas" mais famosas: "Só sei que nada sei." (citado por Platão em "Apologia de Sócrates", o primeiro discurso, 21d).
(Edmilson Santos - Superando o Conhecimento)